Olá meus queridos. Gostaria de criar alguns posts com um assunto que entendo ser pertinente sobre o ensino da matemática na sua forma original, principalmente nos remetendo à observação do nosso redor.
Começo questionando: Porque os alunos não gostam, ou tem medo, das aulas de matemática?
Por que temos medo de matemática?
Conversando informalmente com meus alunos descobri que o “trauma” surge, mais ou menos, a partir do 4º, 5º ano aproximadamente…
Pois, até aquele momento eles percebem as aulas de matemática como divertidas e legais, porém no momento em que tratamos as disciplinas de uma forma separada (geralmente com um professor para cada uma delas) os alunos não gostam mais (tanto) das aulas de matemática.
Eu diria mais, acredito que as aulas de matemática perdem esta “magia”, quando deixam de ser uma experiencia prazerosa de observação.
Talvez porque começamos a tratá-las com uma seriedade excessiva, que não permite mais que se erre, sob pena de tirar uma nota “vermelha”.
Isto bloqueia o interesse do aluno em observar as coisas que acontecem ao seu redor, inibindo a procura de explicações para melhor compreendê-las.
Diminuindo o exercitar do raciocínio lógico e distanciando o ensino da matemática em sua forma original.
Os compromissos com os conteúdos e com a carga horária sobrepõem-se ao ensinar pela observação, pela descoberta e pela experimentação.
Os alunos não aprendem os fundamentos matemáticos de maneira a compreenderem que eles explicam situações reais.
Assim sendo, gravam em suas sinapses que estão aprendendo algo que apenas irá “cair” em um teste, uma prova (bimestral, semestral, anual, chamem como quiserem) ou em uma avalição de âmbito nacional.
E acreditam que se treinarem suficientemente coneguirão acertar os desafios a que estão sendo submetidos, marcando um “X” numa letra “c)” qualquer…
Trazendo o abstrato para o real
Da experiência que tenho em sala de aula aprendi (mais pela dor, do que pelo amor) que para o ensino de assuntos tão abstratos, faz-se necessário trazer tais abstrações para o mundo real que o os alunos vivem e enxergam.
Confesso que não é tarefa das mais fáceis ajustar as aulas para um formato assim.
Todavia, garanto que é gratificante você verificar a felicidade de seus alunos ao descobrirem o prazer de observar fenômenos reais já vivenciados por eles se encaixarem tão bem em fórmulas, incógnitas, ângulos ou conjuntos.
Tenho certeza que, se voltarmos a essência observacional da matemática, ou seja, ao ensino da matemática na sua forma original, como uma ferramenta para reproduzir e procurar explicar aquilo que observamos diariamente, resgataremos o encanto da aprendizagem da matemática.
E vocês, meus queridões, tem alguma experiência de aulas que mostraram a matemática da vida real para compartilhar conosco? Sintam-se à vontade em comentar e dividi-las conosco.
Um grande abraço a todos vocês.