Olá, queridões! Algum de vocês já ouviu falar em programação desplugada? Será que é possível utilizá-la tão cedo, como por exemplo, na educação infantil?
Nesse sentido, acredito que o quanto antes as crianças tiverem contato com conceitos de programação, mais rápido conseguirão expressar ideias utilizando as tecnologias disponíveis.
A programação desplugada pode ser útil para a introdução da educação infantil aos conceitos de computação, sem a necessidade de equipamentos tecnológicos como computadores, tablets, motores, sensores ou internet.
Ao invés disso, vocês poderão criar todas as atividades práticas e lúdicas com materiais físicos baratos ou reutilizáveis, tais como papéis, papelão, lápis, caixas, palitos, canudinhos…
Neste post, apresentarei algumas ideias e opiniões sobre esse tópico e espero que cada leitor possa compartilhar suas vivências, enriquecendo nossas interações e aprendizados, já que é esse o propósito do nosso blog.
Precisamos de computador para programar?
Primeiramente temos que entender que o ensino de conceitos de programação não tem como objetivo principal fazer com que todas as crianças se tornem programadores.
Basta pensar que nem todos os alunos acabam virando escritores, mesmo assim, todos aprendem a escrever na escola.
A questão é capacitar as crianças a poderem organizar seus pensamentos e ideias, utilizando a tecnologia e seus recursos, de forma a compartilharem estes pensamentos em um novo meio de uma forma mais ativa (construindo) do que passiva (recebendo pronto).
Você poderá compreender melhor esse ponto de vista na palestra abaixo “Vamos ensinar as crianças a escrever códigos“, do professor do Media Lab do MIT, Mitchel Resnick.

O assunto também está muito bem explicado no artigo “Quem disse que precisa de computador para programar?” da Faber Castell Educação.
Colocando a mão na massa
Não vejo problemas em aplicar a programação desplugada na educação infantil, uma vez que o desenvolvimento de habilidades sociais e lógicas para resolver problemas são tão necessárias atualmente. Além disso, há um incentivo constante à criatividade dos alunos com atividades do tipo “mão na massa”.
Obviamente, não devemos esquecer de planejar como tais atividades serão realizadas, bem como seus propósitos e a correta adequação à idade dos alunos.

A Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa apresenta propostas, como esta do professor Victor Brunno, fornecendo aos alunos uma compreensão dos conceitos e habilidades necessários para a programação.

Já na página do Scratch Brasil há relatos de professores que trabalham com o Scratch em diferentes contextos, onde os estudantes criam histórias, personagens e sua respectiva programação de uma forma desplugada.

Na minha opinião outra fonte inspiradora está disponível no site de computação desplugada da Unicamp. Construída a partir do projeto CSunplugged, embora apresente sugestões de atividades para aplicação com estudantes mais velhos, acredito que seja uma excelente referência.

A professora Débora Garofalo, no site Nova Escola, apresenta atividades da professora Kelly da Silva no post Programação desplugada: como trabalhar com a sua turma .
Conte para gente suas vivências com a computação desplugada na educação infantil! Ou em qualquer outro nível…
Dessa forma, acredito que este seja um bom ponto de partida para a aplicação de atividades de programação desplugada na educação infantil. Obviamente esse assunto não se esgota aqui, muito pelo contrário!!!
Gostaria de saber se mais pessoas já aplicaram este tipo de atividade em sua sala de aula, e estou ansioso para “ouvir” estas experiências. Principalmente com os “pequenos”.
Portanto, compartilhem aqui, pois sei que esta troca poderá nos auxiliar muito, principalmente para evitar repetir erros que já foram cometidos.
Normalmente meus “problemas” são com a adaptação das atividades ao tempo disponível e vocês??? Contem pra gente também!!!
Um abraço e até o próximo post.