Resto de uma divisão: o patinho feio das continhas de matemática!

Acredito que subestimamos a utilidade do resto de uma divisão entre dois números inteiros, principalmente em sala de aula.

Se mostrássemos aos nossos alunos uma posição de destaque nas explicações de conteúdo, acredito que pouparíamos traumas e dificuldades com números em forma de fração.

Poderíamos enfatizar desde o quarto ano do ensino fundamental, pois na essência, o resto de uma divisão dará origem a necessidade de criação de um novo conjunto numérico.

Conjunto este além dos números inteiros, mesmo porque, estes acabam limitados toda vez que operarmos uma divisão e obtivermos um resto diferente de zero.

Surge assim utilidade para os números racionais, definidos justamente como uma divisão entre dois inteiros (desde que a parte debaixo desta divisão seja diferente de zero).

E todas as ideias que surgirão para explicar estes novos tipos de números começam a ter coerência.

Certamente, faria mais sentido a necessidade do uso de vírgula para separação da parte inteira e da parte decimal.

Justamente um sinalizador de que a divisão apresenta um resto diferente de zero.

Além disso, há a possiblidade de usar números como frações mistas para manter a integridade deste número.

Analogamente, surgem chances para se utilizar o conceito de arredondamento, ou truncamento das casas decimais, por exemplo.

Torço por mais aulas de matemática que estejam conectadas com conteúdos de uma forma concisa e coerente, sendo explicadas desde o começo de nossa vida escolar, não apenas quando viramos “gente grande”.

E vocês? Já tinham dado a devida importância para o resto de uma divisão?
Comentem aqui e compartilhem conosco suas vivências matemáticas.

Sintam-se à vontade para sugerir assuntos que podem ser abordados de outra maneira nas salas de aula de matemática.

Um abraço.